Planejador Financeiro
A evolução é uma constante em diversos aspectos da natureza. Seja a evolução biológica das espécies que habitam o nosso planeta, a evolução dos sistemas políticos sob o qual a humanidade escolheu organizar-se ao longo dos séculos, ou mesmo a evolução do nosso universo, ainda jovem, e que se expande cada vez mais.
Na economia, diversos setores passam, cotidianamente, por evoluções e aprimoramentos, cada qual à sua própria velocidade. No setor de saúde, por exemplo, estudos, técnicas e medicamentos cada vez mais sofisticados permitiram aos profissionais destes segmentos tratar com facilidade algumas enfermidades cuja severidade e letalidade eram assustadoras em um passado ainda recente.
Na aviação, a evolução tecnológica associada a disciplina operacional e modelos de negócios inovadores, tornaram o antigo sonho de voar não somente uma realidade, mas também, uma possibilidade, acessível e segura, para grande parte das pessoas.
O mercado financeiro, assim como os demais setores da economia, está sujeito a um constante processo de evolução e aprimoramento. Entre os fatores que mais contribuem para evolução deste segmento estão não somente as inovações tecnológicas, mas também desenvolvimentos regulatórios, novos produtos, metodologias de alocação diferenciadas e modelos de negócios inovadores.
E é sobre esse último fator que este texto discorre. A evolução dos diferentes modelos de negócios que existiram ao longo da história do mercado financeiro se confunde com a história do próprio mercado, da economia, e até mesmo das nações que exerceram maior influência econômica e política ao longo do tempo.
No Brasil, quando se fala em investimentos, o modelo de negócios mais tradicional é aquele iniciado pelos bancos. O gerente bancário acaba atuando como um interlocutor, entre os interesses do banco e os clientes, sugerindo soluções em crédito, financiamentos e investimentos para os seus clientes, os quais, muitas vezes, acabam por aceitar estas sugestões sem avaliar se elas de fato são adequadas para as suas necessidades. Neste modelo, o conflito de interesses entre o gerente e seus clientes se faz sempre presente, haja a vista que a remuneração do gerente está atrelada aos produtos que apresentam para seus clientes, sendo que, produtos menos rentáveis para o cliente geram mais retornos a instituição que o mesmo representa.
Ao longo da década passada, entretanto, ganhou força um novo modelo de negócios, capitaneado por corretoras novas, cujos objetivos eram o de democratizar o acesso ao mercado financeiro.
Trata-se de uma evolução muito importante para o mercado, visto que, pela primeira vez, milhões de brasileiros passaram a ter acesso a produtos de investimento antes restritos à profissionais de finanças ou famílias com patrimônio muito elevado
Nesse contexto, a figura do agente autônomo de investimentos ganhou relevância, o qual, associada às plataformas de investimentos digitais e tarifas acessíveis, permitiu que diversos brasileiros tivessem acesso a investimentos mais rentáveis e diversificados. Por outro lado, embora a democratização do acesso aos investimentos tenha sido uma evolução muito positiva, um antigo problema ainda permeia a relação entre o assessor e seu cliente: o conflito de interesses.
Diante desse cenário, é natural acreditar que, em algum momento no futuro, uma das principais evoluções esperadas para o mercado financeiro será surgimento de modelos de negócios que reduzam, ou até mesmo eliminem, o conflito de interesses entre o cliente e o profissional que o atende. Cenário esse que chamamos da era 4.0 da indústria de investimentos.
Observando a experiência de países com um mercado mais maduro, vemos que a este problema já começou a ser abordado. O personagem do planejador financeiro, figura central na prestação de um serviço livre de conflitos de interesse, já é bastante conhecido em países como os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.
No Brasil, a atuação dos planejadores financeiros ainda é limitada, tanto em termos regulatórios, quanto na disponibilidade de soluções voltadas para este profissional.
Porém, a centralidade do planejador na construção de um relacionamento verdadeiramente livre de conflitos de interesse entre o cliente e o mercado financeiro, nos leva a acreditar que este profissional será o protagonista da próxima grande revolução que o mercado brasileiro atravessará.
Diferentemente do gerente do banco e do agente autônomo, o planejador não observa o cliente somente pela ótica dos investimentos. Pelo contrário, o planejador é um especialista em finanças pessoais, com qualificação e certificação para atender os seus clientes em uma gama abrangente de assuntos, que incluem desde a organização do orçamento doméstico mensal, até o planejamento sucessório, passando por temas como investimentos, crédito, endividamento, seguros, tributação, entre outros. Em última instância, é um profissional capacitado para organizar a vida financeira do cliente.
Ademais, o planejador também pode auxiliar o seu cliente na hora de escolher os profissionais e instituições do mercado financeiro com os quais ele deseja trabalhar, buscando sempre aqueles com boa reputação, que trabalhem com diligência, e que ofereçam a melhor relação custo x benefício. O planejador também pode trabalhar em conjunto com estes outros profissionais, com vistas a otimizar o trabalho destes e defender os interesses dos seus clientes.
Por exemplo, ao trabalhar em conjunto com um gestor de recursos, o planejador é capaz de fornecer informações importantes para que o gestor possa construir um portfólio de investimentos cada vez mais alinhado ao suitability, necessidade de liquidez e consequentemente aos objetivos de cada cliente.
Finalmente, a principal diferença do planejador em relação a gerentes e assessores, reside no fato de que ele é remunerado diretamente pelo cliente, e portanto, defende os interesses deste. Dessa maneira, a visão holística que o planejador possui sobre as necessidades de seus clientes, associada à ausência de conflitos de interesse, garante a prestação de um serviço fortemente alinhado aos objetivos daqueles que contratam este serviço.
O termo indústria 4.0 faz referência a um fenômeno que, segundo especialistas, pode ser considerada a quarta revolução industrial. A emergência de tecnologias como machine learning, blockchain, IoT, inteligência artificial e redes neurais, tem potencial para provocar uma verdadeira revolução não apenas nas indústrias propriamente ditas, mas também em diversos outros segmentos.
O mercado financeiro, como seria esperado, não ficou de fora. Tais tecnologias permitem às instituições financeiras processar e analisar quantidades imensas de dados, com os mais variados propósitos, como detectar fraudes, buscar distorções nos preços dos ativos e identificar padrões.
A utilização destas tecnologias, entretanto, não fica restrita somente aos grandes bancos. As possibilidades que elas geram de oferecer customização, agilidade, e, ao mesmo, acesso democratizado a serviços financeiros são inúmeras.
Já há no Brasil, por exemplo, uma gestora de recursos que utiliza intensivamente tais tecnologias para oferecer serviços de carteiras administradas de maneira personalizada, porém escalável, para os seus clientes.
Por meio da automação de inúmeros processos manuais nas áreas de cadastro, compliance, risco, monitoramento das condições de mercado e das carteiras administradas, execução de ordens, rebalanceamento, entre tantas outras, tal gestora foi capaz de reduzir os custos para a prestação do serviço, mantendo, e até mesmo, aprimorando, a qualidade da gestão.
O resultado: a redução de despesas reduz o custo do serviço ao cliente final, permitindo que muitas pessoas que antes não tinham acesso, agora possam contar com um gestor profissional para administrar o seu patrimônio. Estes serviços, que antes estavam restritos a clientes com patrimônio muito elevado, os quais tinham acesso ao segmento private bank, ou então a Family offices, passaram a ser disponibilizados também para os investidores do varejo.
Por fim, o acesso a todos os serviços inovadores proporcionados pela indústria 4.0, associado ao apoio de um planejador financeiro, permitem ao cliente final uma alternativa muito atraente em comparação com os modelos de negócio disponíveis atualmente. Porém a iniciativa deve partir do cliente.
O mercado financeiro, bem como a economia brasileira, é dinâmico, e constantemente passa por mudanças que apresentam aos investidores novos desafios, mas também, novas oportunidades, cabe ao cliente, no entanto, decidir se permanecerá no modelo tradicional, enfrentando os antigos problemas ao quais já está acostumado, ou se irá abraçar o novo modelo, e contar com a ajuda de profissionais realmente alinhados aos seus objetivos.
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