Uma dúvida muito comum para quem está começando a investir é qual é a diferença entre ações ON e PN. Muitas empresas de capital aberto possuem esses dois tipos de ações em negociação na bolsa de valores, o que leva muitos investidores se perguntarem qual tipo de ação devem adquirir.
Além disso, tais ações costumam ser negociadas a preços diferentes de acordo com o tipo, o que pode ocasionar ainda mais dúvida e insegurança para o investidor que desconhece as diferenças entre essas duas categorias.
Assim, quem deseja investir no mercado de capitais não pode deixar de conhecer o conceito de cada uma delas e suas diferenças. Afinal, a tomada de decisão deve ser precedida do entendimento sobre as características do ativo que se deseja aplicar.
Por isso, neste artigo você poderá conferir tudo a respeito de ações ON e PN. Com esse conhecimento, se tornará mais fácil dar os primeiros passos na bolsa de valores. Está preparado? Então vamos lá!
Para compreender o que são ações ON e PN, primeiro é preciso entender o que são ações de uma forma geral. Uma ação representa uma determinada fração do capital social de uma empresa. Ela é emitida quando um investidor aporta o seu capital na empresa em questão, o qual será contabilizado como parte do capital social da companhia.
Diz-se que uma empresa possui “capital aberto” quando as suas ações são negociadas em bolsa de valores. O investidor que adquire uma ação se torna acionista da empresa. Com isso, ele passa a participar dos lucros e resultados. Ou seja, quando uma empresa fecha um exercício social com lucro, ela pode reparti-lo com os acionistas através da distribuição de proventos.
Além disso, o investidor pode se beneficiar com a valorização da ação que adquiriu, no caso de realizar a venda a um preço superior ao que foi pago. Isso é possível em virtude de as ações serem negociadas no mercado de renda variável, onde os preços oscilam para cima ou para baixo de acordo com as perspectivas futuras para a empresa, a divulgação de seus resultados, e o ambiente econômico de uma forma geral.
Contudo, o acionista também pode ser afetado pelos resultados negativos da empresa. Assim, se a companhia não tiver lucro, por exemplo, não será possível receber dividendos. Ademais, em momentos de crise, suas ações podem se desvalorizar, podendo gerar rentabilidade negativa para o investimento.
Após conhecer o que são as ações e ter visto os benefícios que elas podem trazer ao investidor, talvez você esteja se perguntando: como elas funcionam? Por que as empresas emitem ações?
Quando uma empresa decide emitir ações ela precisa fazer a abertura de capital. Geralmente, isso é feito com a intenção de levantar recursos para financiar a expansão da companhia, gerar caixa, amortizar dívidas, ou até mesmo, quando a empresa deseja adquirir outra. Isso porque o capital obtido com a venda das ações fica disponível para a empresa utilizar do modo desejado.
Funciona da seguinte maneira: a empresa que deseja abrir seu capital faz um IPO (initial public offering), ou oferta pública inicial. O processo é complexo e envolve diversas etapas. Entre elas, estão: ser uma sociedade anônima (S.A.) e estar cadastrada na
CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Finalizado o processo, a empresa abre o capital e as ações dela passam a ser negociada na bolsa. Porém, isso implica em deveres, o que pode e influenciar no tipo de ação que emitem. É nesse contexto que faz sentido conhecer as ações ON e PN.
A ação ordinária (ON) é o tipo de papel que permite que o acionista tenha direito a voto nas assembleias gerais da companhia. Isso acontece quando a empresa precisa deliberar sobre questões importantes, como seu estatuto social.
Outra característica benéfica diz respeito ao direito de seu titular receber o tag along – uma proteção aos sócios minoritários. Caso a empresa seja vendida ou mude de gestão, o acionista poderá receber um valor próximo ao oferecido aos sócios majoritários.
A desvantagem de possuir uma ação ON é que em eventual falência da empresa o investidor será um dos últimos a receber seus direitos. Isto é, o titular da ação ordinária não tem preferência quanto aos recebimentos.
Isso também se aplica aos dividendos e aos juros sobre o capital próprio. Para quem deseja investir, as ações ordinárias podem ser identificadas na bolsa pela presença do número 3 ao final do código de negociação da companhia.
A identificação das ações preferenciais (PN) de uma companhia se dá por conta do número 4 ao final de seu código de negociação (também conhecido como ticker). Elas não dão ao acionista direito a voto em assembleias. E, normalmente, não oferecem o direito ao tag along.
No entanto, possuir uma ação PN garante ao acionista a preferência no recebimento de dividendos. Além disso, o investidor terá prioridade em relação aos detentores de ações ordinárias no reembolso do capital, caso a empresa entre em processo de falência.
As ações preferenciais também costumam ter maior liquidez que as ordinárias – embora não seja uma regra. Mas, quando isso é observado, elas se tornam mais fáceis de serem negociadas e contam com uma melhor formação de preço.
Após entender as ações ordinárias e preferenciais é importante conhecer um ativo que engloba ambas. São as chamadas units – ou certificados de depósitos de ações. Elas são uma espécie de pacote de ações compostos por distintas classes.
Dessa forma, uma unit pode ser formada por um conjunto de ações ON e PN. Assim, o investidor que adquirir uma terá direito a voto em assembleia e prioridade no recebimento de dividendos, por exemplo.
Ou seja, o titular da unit garante todos os benefícios e vantagens dos ativos incluído no pacote. Usualmente, as units são identificadas na bolsa de valores pela presença do número 11 ao final do ticker.
Contudo, fique atento, pois outros investimentos podem conter o código 11. Esse também é o código que identifica a negociação de cotas fundos de índice (ETFs) e de fundos de investimento imobiliário (FIIs), por exemplo.
Além disso, por conterem tanto ações ordinárias quanto preferenciais em um único ativo, as Units costumam ser negociadas a preços superiores ao das ações, se compradas separadamente. O preço da Unit varia proporcionalmente ao das ações que a compõem.
Como você pode perceber, as principais diferenças entre ações ON, PN e units estão relacionadas às vantagens e desvantagens que cada uma delas apresenta.
Para grandes investidores, possuir ações ON pode ser uma forma de ter uma participação mais ativa dentro da companhia, já que terão direito a voto nas assembleias. Já em relação ao pequeno investidor, possuir ações PN pode ser mais benéfico, visto ter preferência nos proventos.
Outro ponto divergente diz respeito ao tag along, geralmente presentes nas ações ON e ausente nas ações PN. Essa proteção pode ser uma questão importante na hora de investir – principalmente quando se trata de uma companhia que pode ser alvo de uma fusão ou aquisição no futuro próximo.
Agora, quem deseja se cercar de todos esses benefícios tende a buscar por units. Não são todas as empresas, porém, que possuem ações desse tipo.
Embora o investimento em ações possa ser bastante rentável, é preciso sempre ter em mente que se trata de um ativo de alto risco, sujeito a variações significativas de preços. Por isso, investir em ações nem sempre é a alternativa mais recomendada para investidores iniciantes, ou então, para aqueles que não possuem interesse ou disponibilidade para acompanhar de perto o mercado financeiro e estudar criteriosamente os ativos que serão adquiridos.
Entretanto, isso não significa que você não pode ter ações em sua carteira de investimentos. Hoje, é possível contar com a ajuda de diversos profissionais do mercado financeiro para realizar os seus investimentos da forma mais prática e rentável. Um destes profissionais é o gestor de recursos.
O gestor de recursos é um profissional certificado e habilitado pela CVM, com expertise na construção de portfólios de investimento sob medida para as necessidades, perfil e objetivos de cada investidor. O gestor não apenas constrói a carteira do investidor pesquisando e selecionando somente os melhores ativos, como ele também operacionaliza toda a implementação desse portfólio junto às corretoras, por meio de uma carteira administrada ou de um fundo exclusivo, a depender do tamanho do patrimônio do investidor.
Outro profissional cujo apoio pode ser de grande valia é o planejador financeiro. Antes restrito apenas aos clientes do segmento private bank das grandes instituições financeiras, ou então, àqueles que estavam vinculados a algum Family office, hoje já existem diversos planejadores atuando de maneira independente, atendendo a investidores com patrimônio de todos os tamanhos.
O planejador financeiro é um especialista em finanças pessoais, e pode ajudar os seus clientes não apenas com os seus investimentos, mas também, em diversas outras áreas, como aposentadoria e previdência, orçamento doméstico, crédito, endividamento, questões tributárias, sucessórias, patrimoniais, entre várias outras.
É preciso lembrar, porém, que embora o planejador financeiro possa oferecer orientações gerais sobre investimentos, ele não pode indicar ativos ou classes de ativos específicas para o investidor, a não ser que esteja habilitado como consultor de valores mobiliários pela CVM.
Por fim, agora que você já sabe o que são ações ON, PN e units fica mais fácil de tomar suas decisões na hora de fazer o investimento em papéis. Contudo, lembre-se de que a escolha entre elas depende da análise do perfil e objetivos de cada investidor. E se precisar de ajuda para montar a sua carteira de ações, não deixe de buscar o apoio de um gestor de recursos!
Ficou interessado pelo assunto? Então aproveite para conhecer como funciona uma carteira administrada!
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