Investimentos

Fee based: o que é e como investir sem conflito de interesses?

Por Mont Capital 08/10/2020

A gestão ou assessoria de patrimônio e investimentos requer uma relação de confiança. Quando existe conflito de interesses, há o risco de ter sua carteira prejudicada e se afastar dos seus objetivos. Nesse contexto, o fee based surgiu como um modelo interessante.

Quando ele é seguido, o gestor de investimentos pode focar em oferecer as melhores opções do mercado, de acordo com o perfil e os objetivos do cliente. A remuneração do profissional se dá de forma mais transparente e direta.

Neste artigo, você entenderá o que é fee based, como funciona e por que esse modelo é o futuro dos investimentos. Vamos lá?

O que é e como funciona o fee based?

O termo fee based pode ser traduzido como “baseado em taxa”. Ele se refere a um modelo de cobrança mais transparente que as gestoras de recursos e algumas corretoras de valores podem adotar para fazer a gestão ativa do patrimônio dos clientes.

Como o nome indica, o modelo é baseado em uma taxa única sobre o patrimônio investido, independentemente do produto financeiro no qual você investirá. Ou seja, o cliente sabe exatamente qual será a cobrança da taxa de gestão.

Significa que não há custos extras, taxa de rebate ou outros encargos que incidem sobre o valor investido. Além disso, a remuneração do gestor e de outros profissionais não está baseada em comissões ligadas a determinados produtos de investimento.

Na taxa cobrada de fee based, estão inclusos os custos com a remuneração dos gestores. Também são incluídos serviços como a alocação dos aportes, o rebalanceamento da carteira de acordo com os seus objetivos e a eventual manutenção da plataforma de investimentos.

Qual norma regulamenta o fee based no Brasil?

A instrução 592 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foi a regulamentação que abriu as portas para o fee based no país. Após a sua publicação em 2017, a norma passou por algumas alterações no início de 2020 para modernizar o trabalho dos gestores.

De acordo com ela, a remuneração dos consultores de valores mobiliários deve ser previamente detalhada em relação a todas as atividades que serão executadas. O objetivo é garantir ao cliente a transparência dos custos ao utilizar o serviço e ao investir o seu patrimônio.

Qual a relação do fee based com o conflito de interesse?

Além da transparência, o principal objetivo do fee based é focar na satisfação do cliente em relação aos resultados da carteira. Afinal, quando há diferentes comissões em relação aos produtos, pode existir conflito de interesse.

Nesse caso, os profissionais de gestão podem ser influenciados a priorizar ativos que aumentam sua remuneração — sem que, necessariamente, eles sejam a escolha principal do investidor. Esse é o conceito de conflito de interesses.

Ou seja, ele ocorre quando os propósitos da instituição financeira ou do profissional não estão totalmente alinhados aos objetivos do cliente. No mercado financeiro, o conflito pode existir, por exemplo, em instituições e bancos que atuam no modelo commission-based.

Quais a diferenças entre fee based e commission-based?

Agora que você sabe o que é e como funciona o fee based, vamos entender as diferenças para o comission-based — que é costuma ser utilizado por bancos e outras instituições. Nele, os profissionais recebem comissões pela sugestão de determinado produto financeiro.

Na prática, significa que alguns produtos renderão uma comissão mais interessante para o profissional, enquanto outros não. Assim, é possível que haja um conflito de interesses entre profissional e cliente. O que é melhor para um pode ir na contramão do que é melhor para o outro.

As taxas de comissão podem ser diferentes em casos de fundos de investimento, títulos de renda fixa ou ações. Então, o investidor pode ser levado a investir em alternativas que são de maior risco do que ele está disposto a enfrentar, por exemplo.

Outro exemplo de conflito de interesses é quando a instituição é remunerada por cada transação realizada no mercado. Assim, pode haver a tendência de incentivar o investidor a movimentar o capital e realizar várias operações — pagando taxas de corretagem sucessivas.

Como você pode ver, o modelo comission-based não é o mais apropriado para o investidor. Afinal, os conflitos podem impactar tanto a rentabilidade quanto a satisfação com a carteira. O objetivo final poderia ser o lucro da instituição ou do profissional, e não, necessariamente, do próprio cliente.

Por que o fee based é o futuro dos investimentos?

Agora que você conhece as características e diferenciais do fee based, pode entender por que o modelo traz vantagens na forma de taxar os clientes no mercado financeiro. Consequentemente, ele tem sido considerado o futuro dos investimentos.

A transparência está no centro das discussões sobre o assunto. Nos últimos anos, os investidores estão cada vez mais informados. Além disso, eles estão mais atentos aos contratos, às condições de investimentos e às taxas envolvidas.

Com a mudança de mentalidade, o investidor passa a ter mais critério também em relação às instituições e profissionais que utiliza como intermediadores. Ele busca parceiros que estejam alinhados aos seus interesses.

Por isso, muitos países já estão se adequando ao modelo fee based. O Brasil também está acompanhamento o movimento. A tendência é que empresas com interesses desalinhados às expectativas dos seus clientes percam espaço, já que a confiança fica prejudicada na relação.

Como investir sem conflito de interesses?

Ao conhecer o fee based, você percebe que ele previne o conflito de interesses e protege o investidor. Além disso, o relacionamento com a empresa e os profissionais mediadores se torna mais transparente e confiável.

Você quer utilizar esse modelo de remuneração para investir seu dinheiro e ter resultados condizentes com suas preferências? A dica é pesquisar antes de contratar um serviço na área de investimentos.

No passado, o modelo de cobrança fee based era mais voltado para grandes fortunas. Atualmente, com o serviço de carteira administrada, outros investidores também podem ter acesso a profissionais que são remunerados por meio de uma taxa única.

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