Educação Financeira

Papel vs Tijolo! Entenda os diferentes tipos de Fundos Imobiliários

Por Mont Capital 17/11/2020

Existem diferentes tipos de Fundos Imobiliários (FII) que podem ser incluídos na carteira do investidor. Eles são alternativas interessantes para quem pretende entrar no mercado de imóveis, mas procura opções mais acessíveis.

Porém, cada tipo conta com características específicas que devem ser avaliadas pelo investidor para descobrir qual é o mais atrativo. Assim, é possível compor uma carteira diversificada que atenda ao seu perfil e objetivos.

Neste conteúdo, você aprenderá mais sobre os tipos de Fundos Imobiliários e como definir em qual investir. Acompanhe!

O que são Fundos Imobiliários?

Os Fundos Imobiliários são constituídos por diversos investidores que aportam o dinheiro com finalidade de obter rendimentos no mercado de imóveis. Para isso, é preciso adquirir cotas, que são negociadas na bolsa de valores.

O fundo é administrado por um gestor profissional. Ele é o responsável pelas decisões sobre ativos que compõem o portfólio. As escolhas são feitas buscando trazer retorno financeiro aos investidores, mas as maneiras como isso acontece variam conforme o tipo de FII.

Como você pode ver, o investidor adquire as cotas e participa dos resultados gerados pelo gestor. O cotista não tem poder de decisão sobre a administração do fundo. Por outro lado, a vantagem é que não é preciso se preocupar em administrar os imóveis ou os títulos que fazem parte do fundo.

Quais são os tipos de Fundos Imobiliários?

Ao procurar as alternativas para investir em um Fundo Imobiliário, você se depara com diferentes tipos. Aqui, é importante entender as características de cada um para avaliar a opção ideal.

Os fundos de papel e de tijolo são duas modalidades comuns, mas não são as únicas. A seguir você aprenderá mais sobre elas!

Fundos de papel

Os fundos de papel são voltados para títulos lastreados no mercado imobiliário. Ou seja, eles não investem diretamente nas propriedades, mas em aplicações associadas ao setor.

As três principais são:

    • Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs): emitidos por empresas securitizadoras para financiar empreendimentos do setor;

 

    • Letras de Crédito Imobiliário (LCIs): oferecidos por instituições financeiras para financiar atividades de construção ou reforma;

 

    • Letras Hipotecárias (LHs): emitidos pelas instituições financeiras com garantia baseada em uma hipoteca.

 

Fundos de tijolo

Os fundos de tijolo, por sua vez, são aqueles que investem em imóveis propriamente ditos. Podem ser propriedades prontas ou em construção. Logo, o rendimento é obtido por meio das operações realizadas com os bens que compõem o portfólio.

Vale ressaltar que os fundos de tijolo podem contar com os mais variados tipos de imóveis, desde residências até shopping centers. Um dos benefícios é a possibilidade de obter rendimentos frequentes por meio da locação dos imóveis. O gestor também pode realizar negociações de compra e venda dos bens.

Fundos de fundos

Há, ainda, um terceiro tipo de FII: os fundos que fazem investimentos em cotas de outros FIIs. Para tanto, o gestor seleciona as cotas para compor o portfólio. Um dos principais benefícios dessa modalidade é a maior diversificação.

Afinal, apenas um FII pode ter cotas de diversos fundos, inclusive mesclando de tijolo e de papéis. Então o investidor pode ter acesso a diferentes fundos com um único aporte. Isso também ajuda a trazer mais equilíbrio, o que pode reduzir os riscos.

Subtipos de fundos

Dentro dos tipos de Fundos de Investimento, podem existir subtipos relacionados à sua finalidade.

Conheça alguns:

    • Fundos de renda: tem como objetivo obter rendimentos constantes com o aluguel de imóveis;

 

    • Fundos de compra e venda: o foco é lucrar pela compra e venda de imóveis, então têm um perfil mais arrojado

 

    • Fundos de desenvolvimento: a ideia é construir empreendimentos para ter lucros com a venda ou o aluguel das unidades.

 

Quais são as principais diferenças entre fundos de papéis e de tijolo?

Como você viu, o investimento em Fundos Imobiliários pode trazer alguns benefícios, mas é preciso saber como escolher o ideal. Para isso, entender as diferenças entre eles se torna essencial. Caso contrário, fica mais difícil alinhar as expectativas financeiras.

Como eles variam em relação aos objetivos, riscos envolvidos e rendimentos, as particularidades afetam diretamente o investidor.

Também há a possibilidade de se contratar gestor profissional para realizar esta seleção pelo investidor, de modo que este especialista utilizará a sua expertise em investimentos para avaliar as diversas alternativas e escolher a mais adequada. Entre outras opções, o gestor pode prestar esse serviço ao investidor por meio da criação de uma carteira administrada, ou, caso trate-se de um cliente com elevado patrimônio, a constituição de um fundo exclusivo.

A seguir, você verá dois pontos de maior diferença entre os fundos de papel e de tijolo para ajudar na análise:

Rentabilidade

A rentabilidade dos fundos de papéis costuma ser obtida de duas maneiras. No vencimento dos títulos, com o pagamento dos juros, ou ao vender suas cotas. No segundo caso, o lucro dependerá da valorização da cota até a data da venda.

Entretanto, também é possível encontrar fundos de papel que paguem dividendos. Tudo dependerá de como a carteira é composta e administrada pelo gestor. Em geral, os rendimentos ficam mais limitados, por se tratar de um portfólio composto por renda fixa.

Já nos fundos de tijolo é mais comum o pagamento de dividendos e a renda recorrente, devido aos aluguéis. Além disso, é possível obter ganhos com os lucros das negociações feitas com os imóveis e na venda da cota, se ela sofrer valorização.

Riscos

Como mostramos, os fundos de papéis são opções de renda variável, mas priorizam os investimentos na renda fixa. Dessa maneira, o portfólio criado pelo gestor tem mais estabilidade e, consequentemente, menos riscos. Porém, isso resulta em um menor potencial de rentabilidade.

De outro lado, os fundos de tijolo têm riscos envolvendo a locação dos imóveis, problemas estruturais, desvalorização e outros aspectos do mercado imobiliário. Assim, ao mesmo tempo em que é esses FIIs podem trazer mais rendimentos, também tornam o investimento mais arriscado.

Como escolher em qual tipo de fundo investir?

Entender a diferença entre os tipos de Fundos Imobiliários é um dos passos fundamentais para sua decisão. Com base nisso, é preciso avaliar quais são os seus objetivos com o investimento, além de seu perfil como investidor (conservador, moderado ou arrojado). Um private banker pode apoiá-lo nesta avaliação.

Ao comparar os fundos, considere também questões como: estratégia utilizada, histórico de rendimentos e qualidade da gestão. Outro ponto válido é verificar o dividend yield (DY), que mostra a taxa de dividendos pagos no FII. Tudo isso ajudará a identificar a alternativa mais adequada.

Existem diferentes tipos de Fundos de Investimentos que podem ser incluídos na sua carteira, de acordo com suas necessidades e objetivos. Então é fundamental tomar decisões que considerem, além das características de cada FII, os seus planos ao investir!

Gostou deste conteúdo? Quer aprofundar a sua análise no assunto? Aprenda mais sobre o que avaliar ao escolher um Fundo de Investimento!

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