Os fundos de índice, ou ETFs (Exchange Traded Funds), são fundos de investimento constituídos com o objetivo de investir em uma carteira de ações que busca replicar a carteira e a rentabilidade de um determinado índice de referência (índice subjacente), como o ibovespa, ou qualquer índice de ações reconhecido pela CVM. |
Quando se fala em investimento na bolsa de valores, é comum pensar nas ações de empresas. Contudo, existem outras possibilidades de aplicações nesse ambiente que podem ser interessantes a muitos investidores. Entre elas estão os ETFs — Exchange Traded Funds – sigla em inglês para fundos negociados em bolsa. Você sabe o que ele é?
Esses tipos de fundos de investimento estão ganhando espaço e se tornando a escolha de diversos investidores com objetivos variados. Por isso, conhecê-los pode ser importante para que você identifique oportunidades e componha sua carteira de investimentos.
Pensando nisso, neste texto você aprenderá o que é um ETF, como ele funciona e suas principais características e vantagens. Continue a leitura e saiba mais!
Os fundos de investimentos são uma maneira de investir coletivamente — em uma espécie de condomínio com outros investidores. Para isso que isso seja possível, um fundo é criado por uma empresa de administração fiduciária, com registro na CVM, tais como bancos ou corretoras.
O fundo delimita todas as suas regras em um documento chamado “regulamento” — que é acessível a todas as pessoas que investiram no fundo. Há também a lâmina, um documento que indica de maneira sucinta o objetivo do fundo, a estratégia e outras informações.
Além disso, um fundo pode conter vários cotistas ou apenas um único, como ocorre quando há um fundo exclusivo.
Os investidores interessados podem comprar cotas desse fundo, que representam uma parcela do patrimônio. Um gestor profissional ficará responsável por administrar a carteira, seguindo a estratégia determinada para o fundo, escolhendo quais aplicações serão realizadas e em quais proporções, e buscando sempre minimizar o risco e maximizar a rentabilidade.
Existem diversos tipos de fundos de investimento e eles são classificados, principalmente, pelo modo como o portfólio é composto. Dessa forma, você pode encontrar fundos de ações, de renda fixa, imobiliários, multimercado e, claro, os fundos de índice — ou ETFs.
O ETF é um fundo cujo objetivo é acompanhar um índice de referência. Ou seja, o gestor fará as movimentações necessárias para espelhar as variações de um indicador pré-determinado.
Dessa forma, escolhe-se um índice financeiro como parâmetro (benchmark), e a finalidade do fundo será acompanhá-lo. Com isso, a gestão acontece de maneira passiva, pois o objetivo não é tomar decisões autônomas para superar o benchmark.
Imagine, por exemplo, o índice Ibovespa: ele representa as oscilações das ações mais importantes da bolsa de valores. Um ETF que tem o objetivo de acompanhar o Ibovespa comporá a sua carteira com essas ações, em suas devidas proporções. Por isso, é esperado que o fundo tenha um desempenho muito semelhante ao do índice, sem variações relevantes.
Você já sabe o que é um ETF. Agora é preciso entender o funcionamento dos ETFs. O primeiro ponto importante sobre eles diz respeito à negociação. Eles estão listados na bolsa e as cotas podem ser adquiridas do mesmo modo que as ações.
Dessa maneira, os cotistas negociam sua participação no mercado secundário — ou seja, entre os próprios investidores. Quem deseja se desfazer das cotas emite ordens de venda para que outros interessados adquiram esses ativos.
Também é fundamental saber que existem diversos tipos de ETF, a depender do portfólio estabelecido. Isso porque esses fundos podem utilizar diversos índices como referência. Por exemplo, de ações, de renda fixa e até mesmo de indicadores internacionais.
Hoje, no Brasil, já existem diversos ETFs em operação, com vários benchmarks de referência além do Ibovespa, tais como o SMLL, para ações “Small Caps”, o IMA-B5, para títulos de renda fixa indexados à inflação, e até mesmo o S&P 500, um dos índices acionários mais importantes dos EUA e do mundo.
Contudo, também existem aqueles focados em índices setoriais, segmentados etc. Se o investidor quiser se expor a outras áreas, é possível encontrar ETFs de commodities e moedas, por exemplo.
Agora que você sabe como os ETFs funcionam, existem algumas características desses fundos que o investidor precisa entender e conhecer.
A seguir acompanhe alguns pontos importantes!
A rentabilidade dos ETFs, como você já viu, é atrelada a um índice de referência e fruto de gestão passiva. Assim, é fundamental entender que o gestor não tem o objetivo de superar os resultados desse índice.
Isso quer dizer que se houver um período de baixa, o ETF acompanhará essa oscilação, reduzindo seu valor. O gestor não pode tomar precauções para que o fundo se desvalorize menos do que o seu benchmark, por exemplo. Afinal, essa não é a finalidade do fundo.
Os investidores também precisam entender como se dá a tributação nos ETFs. Em relação ao Imposto de Renda, existe uma diferença entre ETF de renda fixa e de renda variável. No primeiro caso, o imposto é retido na fonte e segue tabela regressiva de IR.
Já nos ETFs que investem em renda variável, a alíquota aplicada é de 15% em operações comuns e 20% em day trade no ganho de capital com a venda das cotas. O pagamento deve ser feito pelo próprio investidor, por meio de DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais).
Para obter uma remuneração pelos serviços prestados, as gestoras cobram uma taxa de administração. Esse custo varia de acordo com cada ETF, então é fundamental pesquisar essa informação. Geralmente, as taxas são menores em comparação com fundos de gestão ativa.
Entender quais são as vantagens de investir em ETF facilita a sua tomada de decisão no momento de compor a carteira de investimentos. Você percebeu que o funcionamento e as características dessas alternativas trazem alguns diferenciais, certo?
O primeiro deles é a possibilidade de se expor a diversos ativos por meio de apenas um fundo. Ou seja, ao alocar seus recursos em cotas de ETF, você está diversificando. Um ETF que segue o índice Ibovespa, por exemplo, é composto por mais de 60 ações da bolsa brasileira.
Quem deseja diversificar a carteira e investir no exterior também pode fazer isso de maneira simples por meio de ETFs. Existem diversos índices internacionais replicados por esses fundos, desde indicadores globais até setoriais.
Assim, a facilidade de investimento e de gestão da carteira é um diferencial dos ETFs. Muitos investidores não têm tempo ou mesmo conhecimento para definir alocações e gerir a composição de seu portfólio.
Como esse investimento é feito sob forma de condomínio e administrado por um gestor, todo o trabalho é feito por profissionais. Dessa maneira, o investidor tem mais tranquilidade ao investir.
Por fim, é importante saber que os ETFs são bastante acessíveis — inclusive a investidores com menor capital disponível para investir.
Conseguiu entender o que é ETF e como eles funcionam? Antes de tomar uma decisão, sempre analise as principais informações sobre o fundo e paute a escolha em seus objetivos e perfil de investidor. Também não esqueça de avaliar a experiência da gestora responsável.
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