Educação Financeira

Renda Fixa: tudo que você precisa saber para investir

Por Mont Capital 11/09/2017

Depois de muito trabalhar, colocar as contas em dia e até fazer uma poupança, você deve se perguntar se não é possível fazer mais com sua renda. O mundo dos investimentos é sempre tentador, mas surgem dúvidas pertinentes sobre o risco, a complexidade e a burocracia desse tipo de negócio. Para quem está começando, portanto, investir pode ser um grande desafio.

Mas se você quer multiplicar a sua renda, precisa encontrar a melhor porta de entrada para os investimentos e, nesse caso, vale a pena ter uma atenção especial à renda fixa.

Neste artigo, mostraremos por que essa opção é interessante para investidores novatos e veteranos, quais os diferentes tipos de modalidades existem, quais os seus riscos e explicar como funciona a tributação sobre esse tipo de operação financeira. Ficou interessado? Então continue lendo!

1. O que é renda fixa?

Para você ter segurança em colocar o seu suado dinheiro em renda fixa é preciso entende exatamente o que esse termo significa. Basicamente, trata-se de investimentos onde o retorno ou rentabilidade pode ser calculado de maneira acurada logo no momento da aplicação. Ou seja, assim que você colocar o seu dinheiro em renda fixa, já conseguirá prever qual o valor exato, ou aproximado, que receberá ao fazer o resgate no tempo combinado.

O investidor, portanto, é uma espécie de credor — e recebe uma recompensa por ter aplicado o seu dinheiro em renda fixa. É possível, por exemplo, emprestar o seu dinheiro para pessoas físicas, empresas, instituições financeiras e até para o Governo e, em troca, embolsar os rendimentos previstos no acordo.

Já que falamos em acordo, vale lembrar os três principais balizadores: valor, prazo e taxa de juros. Para que isso fique claro, vamos a um exemplo simples: você pode combinar de emprestar R$ 10 mil durante 5 anos a juros de 5% ao ano.

Assim, ao final do período estabelecido, vai receber cerca de R$ 12.500. Esse valor ainda pode ser corrigido de acordo com a inflação e outros indicadores financeiros, mas a lógica é essa: invista agora e receba, na data combinada, o valor de volta incrementado de juros.

Os investimentos em renda fixa, portanto, são ideais para quem planeja entrar no mundo dos investimentos mas não quer apostar sua renda em investimentos arriscados, ao mesmo tempo que amplia a sua capacidade de planejamento financeiro. Mas vale lembrar que existem diferentes tipos de investimentos em renda fixa, dos quais vamos falar a seguir. Acompanhe!

2. Quais as vantagens?

Investir em renda fixa é uma decisão cada dia mais popular e o motivo é simples: ela pode ser bastante vantajosa, em especial para aqueles que estão começando ou procurando um porto seguro e rentável para uma parte dos seus rendimentos. Essas vantagens podem ser descritas em quatro grandes eixos, como mostraremos adiante.

Segurança

O principal medo do investidor é ver suas aplicações virando pó em casos de instabilidade financeira generalizada ou a quebra de uma instituição financeira específica. A boa notícia é que os investimentos em renda fixa possuem uma série de dispositivos para garantir a sua solidez.

Em geral, eles são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito em valores de até R$ 250 mil. Mas vale mencionar que esse é o teto de todas as aplicações combinadas: caso você tenha dinheiro na poupança e títulos do Tesouro Direto que, juntos, somam R$ 280 mil, perderá os R$ 30 mil acima desse valor.

Se for um Fundo de Renda Fixa, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pode transferir a gestão do seu fundo de renda fixa para uma instituição saudável caso a instituição que você contratou esteja passando por problemas financeiros.

Previsibilidade

Todo bom planejamento financeiro exige uma dose de previsibilidade: afinal, você precisa saber quanta renda terá nos próximos anos para planejar o futuro com tranquilidade. Os investimentos em renda fixa cumprem esse papel já que, em geral, já é possível saber o retorno esperado do seu investimento dentro do prazo acordado.

Liquidez

Vamos ser claros: investimentos seguros só apresentam rentabilidade alta no médio e longo prazo. No entanto, pode ser que você precise resgatar o seu dinheiro antes do combinado, seja para lidar com um imprevisto ou mesmo para apostar em outro tipo de investimento. Para estes casos, existem modalidades de investimentos em renda fixa com liquidez diária, ou seja, que podem ser convertidos em dinheiro em curtíssimo tempo. Investidores que têm necessidade de recursos no curto prazo devem ficar atentos para estas características. Porém, devem estar cientes que investimentos com maior liquidez ou menor prazo de vencimento apresentam, em sua maioria, retornos menores.Isso sem contar que investimentos em renda fixa de curto prazo não isentos de tributados pagam alíquotas maiores, conforme será explicado posteriormente.

Possibilidade de Isenção de IR

Muitas pessoas têm receio de investir alto, conseguir um bom retorno mas ter que ceder parte considerável dos seus ganhos para o governo na hora de pagar o Imposto de Renda. Ou seja, é preciso calcular o lucro de determinado investimento depois de descontadas taxas, inflação e do próprio IR. Uma conta que pode não ser tão simples.

Para investidores que não desejam ou não têm condições de fazer estas contas existem investimentos de renta fixa isentos no Imposto de Renda. Assim, você não perde o dinheiro investido em impostos e ainda se livra de ter que fazer cálculos complicados. Mais adiante, vamos falar como funciona a tributação nos investimentos em renda fixa.

3. Tipos de renda fixa

Embora a lógica básica dos investimentos de renda fixa seja simples, existem diferentes possibilidades de aplicação. Existem aqueles cuja taxa é estabelecida no ato do investimento – os prefixados, ou aqueles em que a taxa é referenciada em algum indicador de mercado – os pós-fixados.

Também é possível investir em ativos que pagam parcelas intermediárias ou somente o valor final acrescido de juros. Adicionalmente, se o investidor não precisar dos recursos de imediato, poderá investir em produtos com prazos maiores ou optar por produtos de liquidez diária caso precise do dinheiro em pouco tempo. Para escolher o ideal, entenda como funcionam as principais modalidades desse tipo de investimento.

Caderneta de poupança

Sim, se você tem uma conta poupança, você está investindo em renda fixa. A caderneta é a modalidade de investimento mais popular e acessível no Brasil: para abrir uma conta desse tipo, basta apresentar RG, CPF e comprovante de endereço.

Além da facilidade, o investimento é considerado muito seguro já que tem proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), uma entidade criada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é o órgão máximo do Sistema Financeiro Nacional (SFN). O FGC é responsável por ressarcir quem investe no mercado financeiro, em quase todas as modalidades de renda fixa, caso a instituição financeira apresente dificuldades para honrar seus compromissos e não pague o investidor.

O rendimento atual da poupança é de 0,5% + TR (Taxa de Referencial) ao mês. Em 2016, por exemplo, a caderneta rendeu cerca de 8,3%. O retorno, portanto, é muito baixo, em especial quando levamos em conta que a inflação ficou em 6,29 neste mesmo período. Ou seja, o seu investimento apresentou rentabilidade real perto de 2% no ano de 2016! Essa remuneração é paga somente a cada mês fechado, considerando o dia da aplicação, conhecido como aniversário. Assim, apesar da possibilidade de resgate dos valores a qualquer tempo, o investidor não é remunerado pelos dias cujo resgate estiver em datas intermediárias em relação ao aniversário.

Para os investidores que aplicam em poupança, seja por não conhecer outras oportunidades ou mesmo por receio de perder dinheiro, a Mont Capital oferece alternativas extremamente seguras e com rentabilidade acima da poupança, para que você melhore sua rentabilidade sem se preocupar com os riscos.

E por que a Mont Capital consegue fazer isso? É simples, temos um grande carteira de clientes e um grande volume de recursos administrados e somos integralmente dedicados a fazer seu dinheiro render. Isso nos permite conhecer as melhores instituições que pagam as melhores taxas, e que além de possuir risco baixo ainda contam com a proteção do FGC. E como a Mont Capital consegue estas taxas? Por que a Mont Capital está focada o tempo todo em buscar as melhores ofertas para seus clientes, além de ter volume que permite negociações mais vantajosas.

Tesouro Direto

Já pensou em emprestar o dinheiro para o Governo Brasileiro? Com o Tesouro Direto, você pode e, acredite, é uma excelente ideia. Esse tipo de investimento é o queridinho dos investidores em renda fixa e um dos motivos principais é a sua segurança: ele é garantido pelo próprio Estado brasileiro e é tão seguro quanto a poupança.

Quando falamos em investir em Tesouro Direto estamos nos referindo à compra de títulos público e o dinheiro será utilizado para financiar operações do Governo Federal. A boa notícia é que é possível investir valores bastante reduzidos e o dinheiro pode ser resgatado a qualquer momento.

Porém, o investidor deve ficar atento sobre as possibilidades de investimento via títulos públicos, visto que existem diferentes títulos públicos cujas rentabilidades podem ser pré e ou pós-fixadas. Isso sem contar que para os títulos pós-fixados exitem mais de um indicador de referência.

Nos títulos prefixados, os índices que valem para o cálculo do retorno são aqueles auferidos no momento do investimento. Assim, se os juros utilizados estiverem em 15% ao ano o seu rendimento será de 15% todos os anos se você ficar até o vencimento. O problema é que, se os juros de mercado subirem muito, você terá perdas na marcação. Porém, estas perdas só ocorrem se você precisar vender o título a mercado.

Mas, se os juros caírem, você terá um rendimento ainda maior, desde que venda os títulos com antecedência. Porém é certo que os juros pactuados na aquisição serão pagos se o investidor carregar o título até o vencimento. Ganhos acima da taxa pactuada ou abaixo da taxa pactuada, ou mesmo perdas, só ocorre se o investidor precisar se desfazer dos títulos prefixados. Se as taxas de mercado no momento da venda dos títulos forem maiores que a taxa pactuada no momento do investimento inicial o título prefixado será vendido com desvalorização. Já se as taxas estiverem em queda o título se valoriza promovendo retorno maior que o pactuado.

Os juros pós-fixados, no entanto, funcionam em uma lógica oposta: eles seguem a lógica do mercado e os rendimentos vão sendo corrigidos de acordo com índices flutuantes, como a Taxa Selic ou Inflação. Assim, o investidor fica mais seguro de que o seu retorno seguirá as condições que o mercado estiver praticando.

Os títulos públicos têm liquidez diária, o que significa que você pode vendê-los sempre que precisar de dinheiro em mãos. No entanto, vale ressaltar que quanto mais tempo o seu dinheiro ficar investido, maior será o seu retorno proporcional, visto que os tributos são cobrados com base em uma tabela regressiva, conforme mostrado a seguir.

Como Gestor Profissional, o trabalho da Mont é estar atenta ao movimentos de mercado e identificar o melhor memento para adquirir ou vender determinados tipos de ativos, reduzindo o risco de perda para os investidores. Funciona assim, enquanto você trabalha e cuida de sua vida e assuntos profissionais e pessoais, a Mont fica atenta as melhores oportunidades para o seu suado e valioso dinheiro.

Certificado de Depósito Bancário

Além de emprestar dinheiro para o governo, você também pode ser credor de um banco! Nesse caso, você investiria na compra do Certificado de Depósito Bancário (CDB), uma operação feita entre o investidor e uma instituição financeira que, em troca, garante rendimentos futuros.

Assim como os investimentos em Poupança, os CDBs são cobertos pelo FGC e, portanto, são considerados investimentos seguros. Aqui, vale lembrar que instituições já consolidadas e de renome oferecem menos riscos de quebra, no entanto, oferecem rentabilidades menores. Instituições médias e pequenas, por sua vez, podem oferecer ganhos maiores para compensarem os riscos.

A taxa de rentabilidade, portanto, leva em conta o fator segurança da instituição, bem como outros índices financeiros como a SELIC ou a taxa DI. Neste caso, quanto mais próxima a taxa do CDB estiver da taxa DI, menos arriscado tende a ser o investimento, em compensação o investidor terá uma rentabilidade dentro da média do mercado. Adicionalmente, CDBs com liquidez diária tendem a ter rentabilidade muito menor, independente da instituição financeira.

Para obter uma rentabilidade superior ao CDI é preciso correr um pouco mais de risco. A vantagem é que, como o CDB está coberto pelo FGC até o valor de R$ 250 mil o investidor pode aplicar em instituições um pouco mais arriscadas.

A Mont entende que uma boa aplicação deve levar como fator primordial a tolerância ao risco do investidor e o conhecimento da instituição onde se está fazendo o investimento. O FGC é importante, porém ele é um instrumento de garantia para o caso de problemas da instituição financeira e não pode ser o fator central na decisão de investimento. Afinal, uma boa aplicação deve focar na saúde financeira da instituição e capacidade de devolver o dinheiro acrescido da remuneração.

Os CDBs, em geral, exigem investimentos inciais de R$ 10 mil reais e podem ser taxados no Imposto de Renda de forma Regressiva. Nós vamos voltar a esse assunto mais tarde, mas, por enquanto, basta entender que, quanto mais tempo você esperar para realizar o resgate, menor a incidência do IR e maior será o seu retorno.

Letras de Crédito

Os dois tipos básicos são Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA). As LCIs só podem ser emitidas se a instituição financeira tiver um fluxo de crédito imobiliário para ser dado como garantia. Enquanto as LCAs, precisam de um fluxo de crédito do agronegócio.

O cálculo da rentabilidade e a estrutura de remuneração das LCIs e LCAs são similares aos CDBs. Adicionalmente, as Letras de Crédito também são protegidas pelo FGC em até R$ 250 mil. O seu grande diferencial, no entanto, é no quesito tributário, já que este tipo de investimento não paga tributação sobre o rendimento. Para compensar, as instituições financeiras emitem as LCIs e as LCAs com taxas inferiores aos CDBs.

Debêntures

Quando uma empresa planeja fazer um grande investimento em determinado projeto, ela precisa captar recursos. Uma das maneiras de realizar essa tarefa é através da emissão de debêntures – títulos de dívidas que tendem a pagar juros acima das instituições financeiras.

Em geral, os retornos são considerados altos para renda fixa mas implicam em riscos claros, como o fato da empresa poder quebrar antes de pagar a sua dívida. Mesmo assim, o investimento é considerado seguro, em especial quando comparado a outra transação realizada junto a empresas – a compra de ações. Afinal, o pagamento de debênture tem prioridade caso a organização enfrente um processo de falência.

Por isso, só invista em debêntures bem assessorado, conhecendo não só as taxas cobradas mas, também, a saúde financeira da empresa para a qual você pretende emprestar dinheiro.

A Mont possui uma equipe dedicada a analisar e monitorar a saúde financeira das empresas investidas. Isto reduz o risco não só no processo de investimento, mas também permite que estes ativos sejam vendidos antes que as empresas investidas passem por problemas financeiros. Como este tipo de ativo não possui cobertura do FGC, uma boa análise é fundamental para uma rentabilidade elevado e com risco reduzido.

Fundos de Renda Fixa

Se você ainda está inseguro sobre qual é a melhor opção para aplicar o seu dinheiro, vale a pena pensar em Fundos de Renda Fixa. Eles funcionam de forma similar a qualquer fundo de investimento – onde um gestor fica responsável em gerir o aporte de vários investidores e adquirir ativos. A diferença aqui é que uma grande porcentagem dos ativos de um Fundo de Renda Fixa devem estar aplicados em títulos como o Tesouro Direto, CDBs, LCIs ou qualquer outra modalidade de renda fixa.

Os fundos de renda fixa trazem ganhos interessantes em prazos a partir de dois anos e têm como principal vantagem a diversificação em ativos de diferentes instituições. Assim, se uma instituição passar por dificuldades financeiras, não haverá comprometimento de todo o capital investido. O Fundo também pode se desfazer facilmente de investimentos cujo risco venha a aumentar ao longo do tempo, evitando ficar com o prejuízo de uma eventual inadimplência por parte do devedor. Outra grande vantagem é que, por se tratar de um volume expressivo sob gestão, o fundo consegue taxas muito melhores que as pessoas físicas conseguiriam para adquirir os mesmos investimentos.

Vale lembrar que os Fundos Investimento em Renda Fixa têm uma taxa de administração e tendem a permitir o resgate dos investimentos em curto período de tempo sem que haja cobrança de multas. Ou seja, o investidor por reaver o dinheiro acrescido da remuneração do período de aplicação a qualquer momento. Porém, assim como os CDBs, os Fundos de Renda Fixa também são impactados de forma regressiva pelo Imposto de Renda e, portanto, você terá maiores retornos ao fazer o resgate após 2 anos de investimento. Os Fundos da Mont têm taxa de administração reduzidas e não cobram nenhuma taxa de ingresso ou saída do investidor.

4. Entendendo os riscos

Agora que você já conhece as vantagens e os principais tipos de investimento em renda fixa, também precisa estar ciente dos riscos. Afinal, conhecer os perigos de uma transação é muito importante no processo de investimento. Por isso, entenda no que você deve estar atento antes de realizar uma aplicação.

Risco de Liquidez

Se você precisa de liquidez, então deve optar por títulos que podem ser resgatados a qualquer tempo. Mas lembre-se: isso nem sempre é possível já que, em parte dos casos, é imprescindível que o resgate seja realizado no vencimento ou após um período de carência que pode chegar a até 720 dias.

O risco portanto está em deixar o seu dinheiro “preso” em um título enquanto você poderia utilizar esses recursos para realizar outros investimentos ou lidar com eventualidades financeiras. E, caso você realmente deseje fazer o resgate antes da data combinada, o seu retorno será bem menor que o ideal e até a tributação sobre o investimento poderá ser maior.

Risco de Crédito

Como já falamos, grande parte dos investimentos em renda fixa são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito em até R$ 250 mil. Por isso, vale a pena manter o seu aporte nesse tipo de negociação sempre abaixo desse valor. Ou seja, é importante que os investimentos somados em CDB, LCI e poupança de uma mesma instituição financeira, por exemplo, fiquem dentro desse teto.

Isso é ainda mais importante em casos de instituições financeiras que são consideradas mais arriscadas, ou seja, mais propensas a enfrentarem instabilidades. O risco, nesse caso, pode ser compensando por rentabilidade maior. Mesmo assim, vale deixar seus investimentos com instituições arriscadas sempre abaixo de R$ 250 mil.

Valores sobressalentes, portanto, podem ser direcionados para instituições consideradas de baixíssimo risco de crédito ou para outros investimentos, sejam eles em renda variável ou mesmo em outras opções, como imóveis ou em um negócio próprio.

Risco de Mercado

Algumas situações de mercado podem derrubar a rentabilidade do seu investimento em renda fixa. A inflação, por exemplo, pode ficar muito mais alta do que o retorno esperado em poupança – como já aconteceu, ou mesmo em Letras de Crédito ou CDBs. O risco de mercado está associado a perda de rentabilidade por mudança de indicadores ou mesmo pela desvalorização do valor de mercado dos ativos investidos.

Esse risco pode envolver também o contexto do aumento ou diminuição da taxa básica de juros ou em uma alteração no índice atrelado ao título de renda fixa. O risco de desvalorização de um título prefixado devido ao aumento das taxas é um risco de mercado.

5. Tributações sobre a renda fixa

O assunto Imposto de Renda já foi levantado algumas vezes durante este texto, então vamos esclarecer como é calculado e recolhido. Em geral, o cálculo é feito de acordo com a tabela regressiva do IR.

Assim, se o investidor deixou seu dinheiro aplicado por até 180 dias, a cobrança será de 22,5%. Esse índice cai para 20% de 181 até 360 dias, passando para 17,5% de 361 à 720 dias, até ficar na cota mínima, de 15%, após 720 dias. Ou seja, o menor imposto só é válido para quem deixa o dinheiro aplicado por, pelo menos, dois anos.

Quem utiliza um fundo de investimento deve estar ciente de que existe a cobrança come-cotas. Esse apelido vem do recolhimento semestral de 15% dos rendimentos no período para o Imposto de Renda. A diferença total só é paga no momento do resgate da aplicação.

Quem realiza o resgate do seu investimento em renda fixa com prazos inferiores a trinta dias também precisa lidar com outra tributação: o Imposto Sobre Operações Financeiras, o IOF. As taxas começam em 96% para resgates em 24 horas e vão regredindo até 3% para resgates feitos em 29 dias.

6. Renda fixa x renda variável

Antes de encerrarmos este post, vale a pena falar sobre outra modalidade de investimento: a renda variável. Afinal, ela é uma opção para quem deseja aumentar a rentabilidade e está disposto a aceitar mais riscos. A principal diferença entre as modalidades é que, na renda fixa, você já sabe quanto o seu investimento vai render no prazo combinado enquanto que a renda variável não pode ser prevista tão facilmente.

Isso acontece porque a renda variável tem sua rentabilidade mais afetada pelo contexto do mercado e da situação da instituição na qual está sendo realizado o investimento. O exemplo mais simples são as ações.

Ao comprar uma ação de uma empresa, os seus ganhos serão maiores se esta se valorizar durante o tempo de investimento. Assim, você consegue vender uma ação por um preço maior do que comprou.

O problema, no entanto, é a imensa dificuldade em prever se uma empresa vai realmente se valorizar em prazos médios ou longos ou mesmo qual será o tamanho dessa valorização. Existe, inclusive, o risco da empresa perder o valor de mercado e o seu investimento pode simplesmente ser nulo ou negativo.

Ou seja, investir em renda variável é muito mais arriscado do que lidar com renda fixa. O risco, no entanto, pode ser premiado com rendimentos maiores e em prazos bem mais curtos.

Contudo, para conseguir tirar proveito dessa possibilidade é precisa ter um grande conhecimento de mercado ou participar de um fundo de investimentos em ações. Além do mercado de ações, também são considerados investimentos em renda variável os títulos ancorados no câmbio ou em derivativos.

Investimentos em renda fixa e variável, no entanto, não são excludentes: é comum que investidores coloquem uma parte substantiva dos seus ganhos em renda fixa e aproveitem da sua segurança e estabilidade, enquanto utilizam uma parte menor do seu capital para aplicar em renda variável.

O mix de investimentos, se bem equilibrado, consegue reunir as melhores características das duas modalidades e ter bons retornos no curto, médio e longo prazo sem colocar em risco a totalidade do seu capital.

Portanto, se você quer começar a investir e tem paciência para aguardar os bons retornos no médio e longo prazo, a Mont Capital monta uma carteira de investimentos para suas características e sempre está atenta aos movimentos de mercado para fazer os ajustes na busca dos melhores ativos.

E, caso você queira se tornar um expert em investimentos, não deixe de nos seguir no Facebook, LinkedIn e Instagram. Assim, você fica por dentro das novidades do blog

Nossa equipe tem vasta experiência e conhecimento em análise e seleção de ativos, sendo a tomada de decisão embasada na análise fundamentalista ancorada por modelos proprietários. Todos os processos são minuciosamente monitorados por uma rigorosa política de gerenciamento de risco controlada por sócios, analistas e economistas, buscando sempre o melhor resultado para você!

Ultimas postagens

newsletter

Aproveite para se cadastrar na mont capital news para receber em seu e-mail todas as novidades✌️