Educação Financeira

Spread bancário: entenda o que é na prática!

Por Mont Capital 22/01/2018

Se você possui algum tipo de investimento, empresta dinheiro ou, então, pega dinheiro emprestado com instituições financeiras, precisa saber bem o que é spread bancário.

Em alguns tipos de investimentos, como títulos públicos, debêntures ou um CDB, você está emprestando dinheiro a uma instituição e recebe juros desta entidade pelo empréstimo.

O banco utiliza esse dinheiro que você disponibiliza para pagar contas ou emprestar para terceiros, cobrando juros maiores do que o que é pago a você. Por isso, ouvimos muito sobre juros abusivos e é daí que surge o termo spread bancário.

O objetivo do nosso post é explicar o que é o spread bancário e responder algumas das principais dúvidas sobre os seus conceitos. Interessado? Então, continue com a gente!

O que é o spread bancário?

Podemos falar que é a diferença entre os juros que o banco paga ao aplicador para captar um recurso e os juros que o banco cobra para emprestar esse mesmo dinheiro a alguém.

O cliente ou investidor que deposita dinheiro em um banco, poupança ou outra aplicação, está fazendo um empréstimo para o banco, pois a entidade utiliza deste recurso para emprestar às pessoas ou empresas que solicitam empréstimos. Portanto, o banco paga uma taxa de juros para as pessoas que depositam esse dinheiro em suas contas.

No entanto, quando o banco faz um empréstimo, cobra uma taxa que provavelmente é maior que a taxa de captação (taxa paga para os depositantes). Essa diferença de taxas é o conceito do spread bancário.

Existe algum custo dentro do spread?

Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), existem 5 componentes dentro do custo do spread. São eles:

  •  Custo Administrativo;
  •  Custo do Compulsório;
  •  Impostos Indiretos e Fundo Garantidor de Crédito;
  •  Impostos Diretos e Resíduos Líquidos;
  •  Inadimplência.

Além disso, ainda temos as taxas básicas de juros e a inflação.

Por que o spread bancário é tão alto no Brasil?

Se compararmos o spread brasileiro com a média global dos demais países, vamos nos assustar: o nosso é cerca de cinco vezes maior que o global! No entanto, existem várias justificativas para esses valores.

Uma delas é a quantidade de componentes presentes no spread brasileiro — que são os custos citados acima. Além deles, o Custo Tributário brasileiro é extremamente alto e as taxas de juros dos bancos são muito elevadas.

Juntando isso aos custos administrativos e residuais, que também são altos, a diferença de juros entre o pago aos cedentes e os requerentes acaba sendo bastante elevada.

Porém, se estudar um pouquinho a fundo, veremos que os custos administrativos no Brasil caíram cerca de 40% no último ano, e a inadimplência e o depósito compulsório influenciam pouco dentro desse gigante spread.

Logo, podemos concluir que essa diferença tão grande está ligada ao fato de os juros dos bancos brasileiros serem tão altos. Quatro das dez instituições que obtiveram os maiores lucros em 2017 são instituições bancárias.

Quando o spread é aplicado?

Se leu até aqui, você já sabe que o spread brasileiro é bastante alto, logo, ele pode ser utilizado por instituições financeiras em cima dos seus investimentos. Então, é importante estudar bastante o mercado para não perder muito dinheiro nessas horas.

Assim como os bancos, as corretoras também podem aplicar spread em cima do supermercado de investimentos que oferece para seus clientes, passando ao investidor uma taxa de retorno menor do que a taxa de juros que foi paga originalmente.

O spread bancário no cenário nacional é bastante alto se comparado com o global, mas, ainda assim, podemos evitar os bancos e seus custos elevados. Em relação a investimentos, as pessoas podem recorrer a corretoras ou consultorias para estudar onde obter maiores rentabilidades em cima de suas aplicações.

Agora, enquanto o país possuir as altas taxas de impostos, o spread continuará crescendo, sendo preciso trabalhar bastante em cima dos problemas nacionais para evitar futuros aumentos.

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