Caro leitor, trouxemos como tema desta vez algo que realmente vai chamar a sua atenção, nesse artigo abordaremos, se realmente vale a pena investir na poupança em tempos de juros baixo.
O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) realizaram uma pesquisa que apurou que 69,5% dos consumidores brasileiros têm algum tipo de investimento em poupança.
Embora o hábito de poupar na caderneta esteja atrelado a nossa cultura financeira, é importante conhecer como funciona seu rendimento e como ele se comporta em diferentes cenários da economia. Somente assim, você poderá decidir se esse investimento é o ideal para suas necessidades.
A poupança é um investimento de liquidez, de forma que o investidor pode aplicar e sacar os recursos a qualquer momento, deve-se ficar atento, porém para a data de aniversário da aplicação, pois a poupança só remunera o investidor uma vez por mês na data de aniversário do dia da aplicação, neste caso, se você aplicou os recursos no dia 7 de um mês qualquer, a remuneração só será paga nas datas 7 de cada mês que o dinheiro ficar investido, datas intermediárias não serão remuneradas, se o investidor sacar o dinheiro antes de completar o aniversário perde toda a rentabilidade daquele mês.
Pela legislação atual, a remuneração da poupança pode ser calculada conforme critérios a seguir:
Vale ressaltar que a regra acima passou a valer a partir de 4 de maio de 2012. Isso significa que quem possuía recursos aplicados antes dessa data receberá 0,5% + TR, independentemente da taxa Selic.
A taxa Selic é a referência para a remuneração dos títulos emitidos pelo Governo Federal – Títulos Públicos, a meta para a taxa Selic é definida periodicamente pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central do Brasil (Bacen) e depende da expectativa para a inflação, medida pelo IPCA, por ser uma referência para as demais taxas da economia, a taxa Selic é um instrumento importante do Bacen para controlar a inflação.
A TR (Taxa Referencial) é calculada pelo Bacen com base na rentabilidade da TBF (Taxa Básica Financeira), a TBF é calculada com base na rentabilidade média ponderada das aplicações em CDBs prefixados das 30 maiores instituições financeiras do país, para se chegar a TR o banco central aplica um fator de redução na TBF, quando a taxa Selic está muito baixa a TR se reduz bastante, tendendo a ficar bem próxima de 0%, afetando pouco a rentabilidade da poupança.
Apesar de ser o investimento mais popular do Brasil, a poupança é uma aplicação cujos rendimentos são naturalmente bastante reduzidos pelos fatores de remuneração, TR, naturalmente muito reduzida, e taxa Selic, esta última somente quando estiver em baixa.
Em um cenário de altas taxas de juros, a baixa rentabilidade da caderneta tem como principal motivo a TR, que costuma ser muito baixa, mesmo quando as taxas de mercado estão elevadas. Já em cenários de taxas reduzidas a rentabilidade da poupança permanece abaixo da média de mercado, pois a taxa Selic se reduz e a TR tende a ficar bem próximo de zero.
Se você consultar os históricos dessa taxa, verificará que, como ela tem certa correlação com a Selic, o índice despenca em épocas de redução da taxa básica de juros, conforme já mencionado.
Os gráficos abaixo apresentam o comparativo histórico da rentabilidade da poupança com a rentabilidade da taxa Selic de julho de 2012 até setembro de 2017.
Não colocamos no gráfico a taxa DI pois sua rentabilidade é muito parecida com a rentabilidade da taxa Selic, neste caso, podemos entender que se houver um investimento que remunere a taxa DI sua rentabilidade seria bem próxima a rentabilidade da taxa Selic. A diferença é quase imperceptível.
Adicionalmente a rentabilidade histórica, fizemos uma simulação para mostrar a tendência da rentabilidade da poupança, comparativamente à rentabilidade da taxa Selic, à medida que a meta da taxa Selic se reduz. O gráfico a seguir mostra o resultado dessa expectativa de rentabilidade para a poupança conforme a meta para a taxa Selic se reduz:
Note que a rentabilidade tende a ficar bastante reduzida a medida que a meta para a taxa Selic cai. O curioso é que, mesmo com uma rentabilidade bastante reduzida, a poupança destaca-se entre as aplicações de preferência nacional.
Afinal, por que a poupança atrai tantas pessoas?
Mesmo com a baixa rentabilidade, a poupança apresenta algumas vantagens, principalmente para pessoas com pouco conhecimento do mercado financeiro. Conheça as principais.
Segurança
O risco do investimento em poupança é quase nulo para as grandes instituições financeiras. Para as instituições menores o investidor pode contar com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante valores de até R$ 250 mil ao poupador, caso o banco venha a apresentar problemas financeiros.
Para a maioria dos brasileiros que tem dificuldade em entender o funcionamento e os produtos do mercado financeiro, a poupança tem a vantagem de ser extremamente simples. Nela o poupador aplica e saca o dinheiro a qualquer momento sem se preocupar com contratos, prospectos, ou com o destino dos recursos.
Também não precisa se preocupar em calcular a rentabilidade real após a cobrança de tributos, já que a poupança não recolhe impostos sobre a remuneração. Ou seja, sem fazer conta o investidor consegue saber com grau elevado de precisão quanto deve ganhar por mês.
O primeiro aspecto a considerar para avaliar é se existe ou não tributação no investimento alternativo. Se houver tributação é preciso considerar o horizonte de investimento e respectiva tributação sobre a rentabilidade para se chegar na rentabilidade descontada de tributos. Descontando o tributo é possível avaliar quanto cada aplicação rende. Se o investimento alternativo não tiver tributo, caso das Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), a comparação é muito mais fácil.
A regra geral é que um investimento que remunera acima de 70% do CDI, cuja rentabilidade é quase igual da taxa Selic, e que não tenha tributo tende a render mais que a poupança, já se houver tributo, como o caso dos Certificados de Depósito Bancário (CDB) o cálculo fica naturalmente mais difícil devido a necessidade de descontar os tributos.
Neste caso, um investimento em CDB, por exemplo, que ficar aplicado por um prazo menor que 180 dias não pode pagar menos que 91% da taxa Selic, caso contrário estaria perdendo da poupança, para investimentos superiores a 180 dias até 360 dias deve-se ter como referência uma rentabilidade superior a 87,89% da taxa Selic para superar a rentabilidade da poupança, essa referência menor de rentabilidade em relação a aplicação inferior a 180 dias ocorre por causa da tributação.
A Mont Capital sabe que é difícil para a maioria das pessoas fazer este tipo de comparação devido a complexidade das contas, bem como avaliar o risco das aplicações que tendem a apresentar rentabilidade maior, por isso entendemos ser fundamental contar com o apoio de profissionais especializados para investir seu dinheiro, você ainda possui investimento em poupança: entre em contato com o time da Mont Capital e descubra uma forma inteligente de investir o seu dinheiro, conte com um gestor profissional para as suas aplicações!
Gráfico do Rendimento Histórico da Poupança
Nossa equipe tem vasta experiência e conhecimento em análise e seleção de ativos, sendo a tomada de decisão embasada na análise fundamentalista ancorada por modelos proprietários. Todos os processos são minuciosamente monitorados por uma rigorosa política de gerenciamento de risco controlada por sócios, analistas e economistas, buscando sempre o melhor resultado para você!
Preencha e iremos falar com você e te ajudar.
Quer começar a investir com quanto?