Educação Financeira

Reserva de emergência: Como montar ?

Por Mont Capital 20/04/2021

Reserva de Emergência

Quem está interessado em começar a investir — ou já começou — deve ter ouvido a respeito da reserva de emergência. Preparar-se antecipadamente para momentos de dificuldades é uma maneira inteligente de reduzir os impactos de eventuais imprevistos.

Apesar de não ser possível prever todos os cenários negativos que podem surgir, ter uma reserva para enfrentá-los é fundamental. Dessa forma, você pode contar com maior tranquilidade e segurança nas suas finanças pessoais e investimentos.

Por isso, confira este artigo para entender um pouco mais sobre a reserva de emergência. Além disso, veja também um passo a passo de como montar a sua!

O que é uma reserva de emergência?

Ainda que você seja uma pessoa precavida, sempre existe o risco de acontecer algum imprevisto.

Imagine, por exemplo, uma demissão inesperada, ou, sendo autônomo, um problema de saúde que implique em ficar sem trabalhar durante um longo período. Esses acontecimentos podem impactar nos seus ganhos e despesas, não é?

Outros exemplos de eventos que podem afetar significativamente a vida financeira de uma pessoa são a necessidade de reformas emergenciais em imóveis, gastos repentinos e elevados com saúde ou mesmo despesas na fase de sucessão.

Pensando nisso, a reserva de emergência é uma quantia que fica disponível para cobrir despesas atípicas e urgentes. Ela serve como uma rede de proteção para que gastos ou perdas não calculadas não atrapalhem seu orçamento ou seus objetivos de longo prazo, nem causem endividamento ou provoquem impactos negativos sobre o padrão de vida.

Logo, ter um dinheiro reservado é um passo importante para a organização financeira de uma pessoa. Para quem deseja realizar investimentos, ela serve como um primeiro passo, pois permite se planejar melhor e torna possível a conquista de objetivos de maior prazo, mesmo diante de imprevistos.

Qual o tamanho adequado da reserva de emergência?

Para que uma pessoa monte sua reserva de emergência, primeiro ela precisa descobrir o seu efetivo custo de vida. Para fazer isso você precisará calcular seus gastos mensais, já que precisará manter todas as contas essenciais em dia caso ocorra alguma situação inesperada. Uma ferramenta muito útil para mapear estes gastos é a realização de um orçamento doméstico.

Como veremos mais adiante, o planejador financeiro é um profissional que pode ajudá-lo a elaborar este orçamento.

O valor dos seus gastos servirá como referência do montante que você precisa guardar. Não existe um número exato, mas é aconselhável ter guardado o necessário para suprir, pelo menos, seis meses do custo de vida.

Pessoas que desejam ter um grau de segurança maior podem reservar quantias maiores, como o suficiente para bancar todas as suas despesas durante doze meses. Tudo depende de como você se sentirá mais seguro, além de variar de acordo com o padrão de vida e a facilidade em realizar cortes de gastos caso estes sejam necessários.

Independentemente do tamanho da reserva, evite ao máximo utilizar o valor para outras finalidades que não sejam emergenciais. Além disso, caso seja necessário recorrer à reserva de emergência, reponha o valor utilizado tão logo quanto possível.

Como a reserva de emergência pode ser investida?

Até aqui você viu um pouco sobre a reserva de emergência e o capital necessário para montar uma. Agora, vale a pena saber onde alocar a quantia. Ela pode ser investida para gerar rentabilidade e preservar o capital contra a inflação.

Contudo, tenha em mente que o objetivo com sua reserva não é encontrar rendimentos atrativos. O foco deve ser a segurança e o fácil acesso ao dinheiro. Logo, para que ela consiga cumprir seu objetivo de resguardar suas finanças, precisa estar aplicada em produtos seguros e com alta liquidez.

Isto é, produtos que permitam o resgate imediato. Além disso, deve estar em aplicações estáveis e seguras, sem chances de perdas significativas. Os investimentos mais aconselhados nesse sentido são os de renda fixa, uma vez que tendem a possuir os menores riscos.

É importante lembrar, porém, que nem todos os investimentos de renda fixa são iguais, sendo que existem títulos de renda fixa altamente especulativos, que apresentam elevada oscilação e considerável risco de crédito. Por isso, é preciso sempre conferir se o título em questão atende aos critérios de elevada segurança e liquidez para ser adequado à sua reserva de emergência.

Confira alguns exemplos a considerar:

Tesouro Selic

Investimentos em títulos do Tesouro Direto são considerados os mais seguros no Brasil. Isso acontece em virtude de estarem vinculados ao Governo Federal. Além disso, o emissor garante sua recompra, o que proporciona alta liquidez.

O Tesouro Selic é um investimento pós-fixado e sua rentabilidade acompanha a taxa Selic — a taxa básica de juros da economia. Assim, investir sua reserva de emergência nele garantirá um retorno correspondente à variação dessa taxa, a qual, de maneira geral, também tende a oferecer proteção razoável contra a inflação.

CDB com liquidez diária

O certificado de depósito bancário (CDB) é emitido por instituições financeiras. Nesse tipo de investimento, os recursos captados são usados para que as instituições cubram as suas operações. Na prática, é o equivalente a emprestar dinheiro para os bancos.

Existem diversos no mercado, e seus prazos e rentabilidade variam de acordo com os emissores. Por isso, é preciso ter atenção: nem todos apresentam liquidez diária. Como você viu, para alocar a reserva de emergência essa característica é essencial.

Eles (os cdbs) que possuem liquidez diária geralmente são pós-fixados e utilizam o CDI (certificado de depósito interbancário) como base de sua remuneração. Ele é uma taxa próxima à taxa Selic.

Em relação à segurança, vale destacar que o investimento está assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Assim, caso a instituição bancária não realize o pagamento do título, o FGC garante o pagamento de até R$ 250 mil por CPF e instituição, com limite global de R$ 1 milhão a cada 4 anos.

Então não deixe de verificar se a instituição financeira emissora do CDB está associada ao FGC, bem como, confira também o rating do títulos, de maneira a saber se a instituição possui risco de crédito elevado ou não.

Fundos de renda fixa

Por fim, existem opções de fundos de investimento que podem ser interessantes para a reserva de emergência. Fundos são uma espécie de condomínio em que os investidores adquirem cotas e participam dos resultados obtidos por um gestor profissional.

Como o investimento precisa ser seguro e ter alta liquidez, os fundos DI são os que costumam se adequar ao objetivo. Geralmente, eles focam seus investimentos em Tesouro Selic e outros títulos de alta liquidez.

Contudo, é preciso considerar que os fundos podem não ter a mesma segurança do investimento direto nos títulos. E não há cobertura do FGC. Também é preciso ponderar eventuais cobranças, como a taxa de administração.

5 Passos para montar a sua reserva de emergência

Agora que você já sabe o que é uma reserva de emergência, o montante que ela deve ter e onde ela pode ser aplicada, acompanhe um passo a passo simples para montar a sua:

Calcule seu custo de vida;

Organize-se financeiramente para conseguir poupar dinheiro;

 Guarde o correspondente a seis meses do seu custo de vida (ou doze meses, caso deseje mais segurança);

Procure por investimentos seguros e com alta liquidez;

Evite movimentar esse dinheiro, para que ele esteja disponível e sirva como proteção.

Buscando ajuda para montar a sua reserva

Calcular o seu custo de vida, receitas e despesas, com precisão, nem sempre é uma tarefa simples. Para isso, um profissional que pode ser de grande ajuda é o planejador financeiro.

Antes restrito a clientes de Family offices ou private bank, hoje existem diversos planejadores financeiros independentes atendendo pessoas com patrimônio de todos os tamanhos.

O planejador financeiro é um profissional qualificado e certificado, com amplo conhecimento de finanças, e é capaz de ajudar seus clientes em diversas áreas, as quais vão além do orçamento doméstico e da reserva de emergência, tais como, seguros, investimentos, previdência, aposentadoria, tributação, sucessão, entre outras.

Além disso, o planejador financeiro pode trabalhar em conjunto com outros profissionais do mercado financeiro, com o objetivo de oferecer um serviço ainda mais completo para os seus clientes.

Um exemplo ocorre quando o planejador trabalha em conjunto com o gestor de recursos, informando este a respeito dos objetivos, necessidades e perfil do investidor, para que o gestor possa construir uma carteira de investimentos sob medida para o investidor, e operacionalizá-la junto às corretoras por meio de uma carteira administrada (ou fundo exclusivo).

Após ler esse artigo você está preparado para montar sua reserva de emergência e poderá seguir seus planos de se tornar um investidor. Então, organize-se financeiramente e junte sua reserva para poder ficar mais tranquilo e protegido contra imprevistos!

E, se precisar de ajuda nessa jornada, vale a pena contar com suporte de um planejador financeiro. Clique aqui e descubra como esse profissional atua!

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